quarta-feira, 25 de setembro de 2013

MULHERES FÁLICAS

As mulheres fálicas agem centradas no direito do seu próprio gozo, não abre mão do poder que usa sem pudor e culpa.

Suas vontades são indiscutivelmente priorizadas. Atraem e seduzem pela aura de independência que não demanda do parceiro nenhum esforço ou compromisso para protegê-las. Bem como não se mostram, abertamente, contra os homens, a exemplo das feministas.
Assim, como não se deixam castrar, não vêem os homens como inimigos. Até zombam da fragilidade dos mesmos. Para Baudrillard (2001), o feminino é o único gênero, que o masculino só existe por um esforço sobre-humano para se livrar dele, é a fortaleza fálica do homem apresenta todos os signos da fortaleza, ou seja, da fraqueza.

As mulheres fálicas, decerto, têm uma forte expressão de autenticidade. Mas, o poder fálico assumido exige muito da mulher. E essa condição, notadamente se dá pela aceitação de uma sexualidade mais livre de pré-conceito e tabu (o que não significa necessariamente promiscuidade). As fálicas, conectadas com a sua feminilidade, aceitam seu desejo sexual, e deixam transparecer um tipo mais tenaz de sensualidade. As mulheres reprimidas não conseguem externar, convencer desse potencial. Uma vez que, a sensualidade não se sustenta apenas na macaquice de “caras” e “bocas”, pois logo termina revelando a falseta ou descambando para o apelo explícito da vulgaridade.

Contudo, tem mulheres e homens de sensualidade primitiva (o que não quer dizer bruta), que não fazem o menor esforço para que assim pareça, sua sensualidade está à “flor” da pele, e muitos, às vezes, nem se dão conta disto. Eles têm um sex appeal natural...

...Nietzsche (2000) entende que a mulher perfeita é um tipo de ser humano mais elevado que o homem perfeito; e também algo muito mais raro (p.219). A parte este exagero, afinal de contas não existe ser humano perfeito. Entretanto, é possível reconhecer um potencial humano na mulher, não necessariamente mais intenso, porém mais explícito. O homem, por uma questão cultural é mais contido, reservado ou tímido, tem medo ou lhe falta permissividade aos afetos. Por vezes, ingenuamente, isto o faz se pensar mais forte do que a mulher. Esta pode chorar, gritar, xingar, ficar histérica que é aceita. Ou seja, extravasa as emoções, e, assim, suporta melhor as tensões na medida em que se “enche”, e se “esvazia” com relativa facilidade. Ao passo que o homem as retém, e somente lhe é permitido externar as emoções agressivas (físicas), mas não as suas demais modalidades.

(Texto na íntegra em O Poder Falico da Mulher e a Feminilidade do Homem)

Nenhum comentário:

Postar um comentário